MUSEU DO TRABALHADOR DO CAMPO


Histórias de vida e de resistência. Mais de 2,5 milhões de acessos em 10 anos no ar.

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A onda de greves iniciada em Guariba, em 1984, atingiu mais de 100.000 boias-frias.

O 15 de maio de 1984 é uma data emblemática para os trabalhadores do campo no Brasil. Foi quando os cortadores de cana de Guariba cruzaram os braços e deram início a um dos mais importantes movimentos na zona rural no Brasil. 

O que é o museu


O MTC, o Museu do Trabalhador do Campo, é composto pelo acervo de vídeos e notícias sobre os trabalhadores do campo do Estado de São Paulo, tendo como marco a chamada Revolta de Guariba, de 15 de maio de 1984.
Ele está sendo implantado em três etapas, que englobam presença e ações tanto no ambiente digital como, futuramente, no físico:

Etapa 1: Canal Virtual
O módulo será materializado na forma de um canal na internet para dar acesso virtual e gratuito a pelo menos 500 vídeos, tanto aqueles produzidos e veiculados em emissoras de televisão e disponíveis em seus centros de documentação, como também produções amadoras e materiais disponíveis em clippings eletrônicos coletados e armazenados de modo caseiro.
 
=> Nessa etapa, estão previstas ações de reconhecimento, identificação e elaboração de listas de testemunhas em potencial para capturar e registrar depoimentos sobre o período compreendido pelo projeto. Esse material será armazenado e disponibilizado em canal próprio do museu virtual no YouTube.

Etapa 2: Museu Virtual
Esse módulo prevê a construção do site e plataforma digital para dar acesso a todo o seu acervo digital, constituído por um banco de dados com 2.500 itens (entre notícias, reportagens, fotografias, novos vídeos, filmes, áudios, livros, eBooks, teses, pesquisas etc.).

=> Nessa etapa, terão início as exposições digitais (com curadoria de grandes artistas e fotógrafos, com imagens e áudios, incluindo depoimentos de quem protagonizou os fatos das últimas décadas) e os projetos de educação museológica, voltados para a formação de novas lideranças das comunidades e para a formação de educadores formais e não-formais para multiplicação dos temas relacionados ao projeto, principalmente nas escolas de Educação Básica.

Etapa 3: Museu Físico
Nesse módulo, está prevista a construção de uma sede física para o museu, a ser implantada em uma área de, no mínimo, 1.000 m2, em cidade da região canavieira do Estado de São Paulo, preferencialmente restaurando e utilizando imóvel tombado com as características necessárias.

=> Para essa fase,deverá ser desenvolvido projeto próprio de educação museológica voltada para escolas da Educação Básica do interior de São Paulo complementadas por ações virtuais para todo o território nacional.
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As greves no campo atraíram a atenção do mundo para a precariedade dos boias-frias.

O 15 de maio de 1984 é uma data emblemática para os trabalhadores do campo no Brasil. Foi quando os cortadores sde cana de Guariba cruzaram os braços e deram início a um dos mais importantes movimentos na zona rural no Brasil. 

O que pretende o museu

O MTC, o Museu do Trabalhador do Campo, tem como objetivo resgatar, preservar e disseminar a história e a cultura dos trabalhadores do campo do interior paulista e, ainda, capacitar e habilitar, através da educação museológica, jovens lideranças rurais e educadores (formais e não-formais) a empregar esse conhecimento e visão crítica para a formação, inclusive para fins escolares, de crianças, adolescentes e jovens das comunidades rurais e periféricas.
São objetivos específicos do projeto:
Resgatar e preservar a cultura boia-fria em vias de desaparecimento
Reunir materiais e informações dispersas e torná-las acessíveis ao público
Apoiar o trabalho de pesquisadores e jornalistas sobre o tema
Apoiar o trabalho de professores e alunos das escolas

Alguns resultados esperados para a Etapa 1:
Disponibilizar 500 vídeos com reportagens, documentários, programas de TV e depoimentos de personagens
Disponibilizar biblioteca digital com acervo de 10.000 eBooks com temas gerais de literatura
Mobilizar 10.000 seguidores para canal no YouTube

Estratégias
Parcerias com federações e sindicatos de empregados rurais assalariados e com prefeituras das regiões canavieira e laranjeira
Parcerias com universidades, centros de pesquisas e entidades de profissionais de imprensa
Articulação com escolas, redes e educadores de redes públicas e privadas
Parcerias com instituições públicas e privadas
Captação de recursos via editais públicos e privados e patrocínios







Veja como foi o chamado Acordo de Guariba, para por fim a condições sub-humanas 

Direitos básicos de sobrevivência não eram respeitados pelos usineiros. Desde o transporte como gado em caminhões pau-de-arara até os preços aviltantes pela tonelada da cana cortada.

Porque um museu

Trinta anos após a onda de greves e manifestações dos boias-frias do interior de São Paulo – que ficaria conhecida como a Revolta de Guariba, município onde tiveram início os distúrbios, que logo se espalharam por dezenas de cidades em torno de Ribeirão Preto, em maio de 1984 – tem-se, hoje, um cenário diferente.
A mecanização se expandiu e, com ela, veio o desemprego; o capital mudou de mãos; a democracia da nascente Nova República se consolidou; e surgiu um novo movimento sindical para lidar com antigas e novas demandas e com os conflitos de sempre do meio rural.
Para compreender o momento atual e o próprio futuro, é fundamental que se resgate e se preserve as histórias contadas por aqueles que viveram as três últimas décadas (1984/2014), a partir dos olhares e depoimentos de todos os lados envolvidos e mesmo de suas visões tantas vezes opostas e conflitivas. E, ao mesmo tempo, romper certas barreiras para fazer avançar novas propostas concretas de educação popular e cidadania.
Infância e Clima
Ao tratar da questão do trabalho boia-fria assalariado, que perpassa pela questão do latifúndio e, no caso específico da região de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, também pela questão da monocultura da cana e da laranja, o projeto (cuja Linha de Ação prioritária é a Educação) vai abordar, nos materiais de apoio para a formação dos professores e nos materiais que serão utilizados junto aos alunos, na sala de aula, temas como Produção Sustentável e Inclusiva, Biodiversidade e Sociodiversidade, que integram a pauta do movimento social pela Agenda 21 e, particularmente, os grupos vinculados à questão da Agricultura Familiar, com suas agendas sobre relações de trabalho no campo.
Já a questão do trabalho infantil no campo – notadamente, nos canaviais e nos laranjais do interior de São Paulo, alvos de duríssimas campanhas e da pressão internacional e com reflexos diretos na pauta das exportações brasileiras de açúcar, álcool e suco, nas décadas de 1980 e 1990 – deverá servir de mote para reflexões e debates sobre os Direitos da Criança e do Adolescente.







Você já pode acessar
no Youtube os vídeos do Museu do Trabalhador do Campo

Mais de 500 vídeos com reportagens, documentários e programas de televisão sobre os movimentos de trabalhadores do campo no Estado de São Paulo desde 1984.

Como será

Organizações parceiras
Central Única dos Trabalhadores (CUT)
Sindicatos de trabalhadores rurais
Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo (Feraesp), Av. Gutemberg, 166 Tel (16) 3322.4861 e 3322.9677, CEP 14810-180, Araraquara-SP, CNPJ nº 58.998.915/0001-18, www.feraesp.org.br, e-mail: feraesp@feraesp.org.br

Período de implantação
A primeira fase de implantação do projeto está prevista para acontecer em 2014, ano em o chamado levante de Guariba completa 30 anos.
Já a segunda e a terceira etapas devem ser implementadas a partir de 2015, à medida em que forem viabilizados os investimentos necessários para a implementação integral do projeto.

Cronograma da Etapa1
Pesquisa e seleção de vídeos: Janeiro/Março 2014
Preparação, edição e publicação Março/Maio 2014
Implantação da Biblioteca Digital Abril/Maio 2014
 
Público-alvo
Alunos do Ensino Fundamental e Médio
Estudantes universitários, jornalistas e pesquisadores
Jovens lideranças, trabalhadores do campo e familiares

Orçamentos
O custo total de implantação da Etapa 1 será de R$ 150.000,00, a ser assumido por um dos parceiros, a Feraesp.
=> Para o desenvolvimento e implantação das duas etapas seguintes deverão captados recursos necessários, por meio de participação em editais públicos ou privados e de leis de incentivo fiscal de incentivo à cultura (Rouanet e Proac-ICMs de São Paulo), podendo, ainda, ser obtidos aportes orçamentários do Poder Executivo e/ou via emendas parlamentares.

Avaliação
O processo de avaliação participativo com os envolvidos acompanhará, periodicamente, cada uma das atividades previstas juntamente com parceiros a fim de mensurar e analisar os resultados apurados, mediante:
- Questionário de avaliação das ações
- Atividades de avaliação com parceiros e usuários

Envolvimento da comunidade
Todo o processo de construção do projeto está baseado em práticas participativas dos trabalhadores do campo desde o planejamento, a articulação das parcerias, as coletas de depoimentos e a formulação de utilização dos materiais e formação de agentes para multiplicar o acesso a eles.
A Feraesp, parceira do projeto, será responsável por articular e mobilizar os trabalhadores do campo e suas entidades para os cursos de formação e o funcionamento usual propriamente dito do Museu dos Trabalhadores do Campo junto às cidades abrangidas pelo projeto.

Diversidade cultural
O projeto fará um inventário de manifestações culturais existentes entre os trabalhadores do campo a fim de preservar e divulgar sua rica diversidade cultural, por meio de canções regionais, festas populares, culinária, religiosidade, modo de produção e costumes e comportamentos, entre outros.


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Uma bibliteca digital com mais de 10.000 livros para você ler quando e como quiser.

Na nossa biblioteca, você tem à sua disposição uma quantidade imensa de eBooks dos mais variados gêneros. E pode acessar e ler, no computador ou no seu celular, a qualquer hora do dia ou da noite, inclusive em fins de semana. 
O curador do museu
O curador responsável pelo projeto é o jornalista e escritor Galeno Amorim, autor, entre produções próprias, coautoria e organizador de obras, de 18 livros. Sua obra mais recente é Histórias de Gente Que Lê. Começou a atuar como repórter aos 14 anos e trabalhou em grandes veículos da imprensa, tais como o Estado de S. Paulo, Jornal da Tarde, TV Globo, Rádio Eldorado e revista Afinal, entre outros.
Foi diretor do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, filiado à CUT (Central Única dos Trabalhadores). Cobriu para o Estadão e JT as greves de boias-frias do Interior paulista e esteve em Guariba (SP), no dia 15 de maio de 1984, quando eclodiu a greve que alcançaria mais de 100 mil cortadores de cana e apanhadores de laranja, se espalhando para outras regiões do País. Atualmente, é presidente do Observatório do Livro, fundação privada de fomento à leitura que já impactou, desde 1999, mais de 800 mil vidas. Já presidiu a Biblioteca Nacional e o Cerlac-Unesco (Centro Regional de Fomento ao Livro na América Latina e no Caribe). Foi o responsável pela criação do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), do Ministério da Cultura e Ministério da Educação, e lecionou, como professor convidado, em MBAs como FGV, PUC-PR e Universidade do Livro/UNESP.
Equipe e responsabilidade
A idealização e realização do projeto são do Instituto Ideall, registrado sob o CNPJ 00.541.544/0001-60 e a inscrição estadual 582.530.253.119. Sua implantação é uma iniciativa de um conjunto de personalidades e instituições lideradas pela Feraesp (Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo) e integra uma série de pesquisas, entrevistas e gravações sobre temas relacionados aos trabalhadores do campo como parte da celebração dos 30 anos da Revolta de Guariba.

Coordenação Geral: Galeno Amorim
Ex-presidente da Fundação Biblioteca Nacional, do Ministério da Cultura, e ex-coordenador do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL), do Ministério da Cultura e Ministério da Educação

Coordenadora Executiva: Mariangela Amorim
Ex-chefe do Posto de Atendimento da Secretaria de Estado do Trabalho em Sertãozinho, professora universitária e fundadora da empresa de comunicação corporativa Outras Palavras Projetos de Comunicação

Pesquisador: Brás Henrique
Ex-correspondente dos jornais O Estado de S.Paulo e Jornal da Tarde e ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo / Regional de Ribeirão Preto

Histórico da instituição realizadora
Criado em 1995, o Instituto Ideall já produziu e implementou dezenas de projetos nas áreas de Educação, Cultura, Responsabilidade Social Corporativa, Infância & Juventude e Terceira Idade, entre outros, com e sem uso de leis de incentivo, tais como a Lei Rouanet e o PROAC, no Estado de São Paulo.
O Instituto desenvolve estudos e pesquisas sobre comportamento leitor da sociedade, em segmentos específicos da população, e presta apoio e consultoria a instituições, governos, empresas e organismos internacionais no desenvolvimento de projetos, programas e políticas públicas voltadas para o tema “livro, leitura, literatura e bibliotecas”, bem como monitoramento e avaliação.
Entre os inúmeros prêmios recebidos pelo instituto, constam o Prêmio Jabuti de Melhor Livro de Ficção do Ano em 2000, concedido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL); o Prêmio Empreendedor Barão de Mauá, concedido pelo Sebrae e jornal Gazeta Mercantil; e o Prêmio Valor Social, concedido pelo Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, Ibase e jornal Valor Econômico, entre vários outros, inclusive no exterior, por suas ações e projetos desenvolvidos.

Alguns projetos anteriores do Instituto Ideall:
Festa do Livro de Ribeirão Preto (12 edições, a partir de 1995, integrante do Calendário Turístico do município de Ribeirão Preto (SP)
Projetos de Literatura Infantil e Juvenil e Cidadania (projetos de leitura e formação cidadã de crianças e adolescentes)
Projeto Vida e Projeto Amigos da Estrada (projetos de educação para o trânsito a partir de livros junto a crianças e adolescentes)
Projeto Carrasco de Goleiros (projeto de leitura a partir de histórias do futebol para estimular o gosto de ler junto aos aficionados do esporte)
Projeto Brasil Que Lê (agência noticiosa para distribuir noticiário e opiniões sobre a questão da leitura para a imprensa nacional)
Projeto Blog do Galeno (portal de notícias e opiniões, fundado em 2007, maior e mais importante repositório brasileiro sobre a questão da leitura)
Oficinas de Leitura e Escrita Palavra Mágica (formação de jovens periféricos para geração de emprego e renda e ingresso na faculdade)

Veja o que falam sobre o MTC: